Páginas

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Deuses e Madonas,




I

Nós estávamos ali, na calçada, esperando o sinal abrir para atravessarmos a avenida. Olhei para o alto, o céu estava em um completo azul infinito, alguns pássaros voaram e sumiram atrás de um arranha-céu. Pensei: "Está perfeito...", a brisa que batia em meu rosto confirmava o pensamento.

O sinal abriu para nós, as pessoas passavam de um lado para o outro, apressadas, contentes, enlouquecidas. O sol estava leve, gostoso de sentir ao toque. Nós de mãos dadas seguimos o percurso e  mais adiante surgiu o edifício pelos quais meus olhos sempre procuraram, por uma vida inteira, talvez.



II 

A surpresa maior foi perceber que a arte exposta era quase que divina. Estava andando entre "Deuses e Madonas". Meu corpo instantaneamente se apaixonou pelas cores e formatos. Lá dentro perdi-me completamente. Os olhos curiosos desbravavam cada metro quadrado, cada pedacinho.

Estavam todos ali juntos, Salvador Dali, Monet, Manet, Van Gogh, Renoir, Portinari. Apenas alguns dos muitos que estavam presentes, andava completamente atônita entre tantas pinceladas e cores tão incríveis quanto seus mestres. Jamais havia presenciado algo parecido e não se sabe ao certo se voltarei a presenciar qualquer coisa nesse sentido.

Os mestres então começaram a me falar sobre suas cores e traços, todos eles queriam detalhar suas técnicas,  todos eles sorriam me convidando a ficar mais e mais, mas na verdade, diante de tantos mestres  o seu sorriso entre eles ofuscava qualquer beleza renascentista.







Um comentário:

Rebecca Monteiro disse...

arrepiei!
que sorte tem o dono desse sorriso por ter beleza maior que as retratadas por tantos gênios (:

senti falta dos seus escritos. beijo *: