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Nesse dias em que o silêncio assolou minh’alma, permaneci assim: muda. Não, na verdade permaneci observante. Sim, me sustentei dócil, na medida do possível, mas acima de tudo cumpri o ritual de observar. Não que eu já não faça isso ainda enquanto falo.
A questão é que, como a maioria - incluindo a mim, se não a todos nós -, somos sempre um tanto insatisfeitos em relação a algo e principalmente a alguém. E é uma terrível condição a qual nos submetemos e, talvez, ainda pior, posto que afetamos os demais que nos cercam.
A verdade é que sempre desejamos um pouco ou muitíssimo mais e por vezes isso tem metade de chances de acontecer - e a outra metade não. Se nada acontece leva-nos a outras duas opções: ou seguimos adiante ou somos tomados inteiramente pela frustração. Geralmente isso ocorre quando relacionamos nosso desejo por algo.
Agora quando nossos desejos se relacionam a alguém tudo se torna um pouco mais complicado. A maioria de nós tem um “arquétipo” formulado em nossas mentes que nos impede de visualizar o resto. Ignorando completamente outros detalhes que pode nos surpreender. Detalhes estes descartados num curto espaço de tempo.
Tomados pela ânsia de um desejo maior retomamos – ainda que cegos - a caminhada sem pensar muito em qualquer tipo de conseqüência. E o mais irônico é que isso, talvez isso é que mova o mundo.
5 comentários:
Andam dizendo por aí que o texto está um tanto técnico e robótico.
Espero que vocês divirtam-se com a minha volta...
Beijos.
andam dizendo = mim ou mais alguém opinou?
Mais pessoas opinaram, Martinez. Fique tranqüila.
(;
Muitos associam insatisfação a uma qualidade-chave, promotora de qualquer evolução. Eu, ultimamente, tento cala-la em mim...pelo reinar da estabilidade. Nem sempre funciona, de fato rs. Gosto daqui, gosto de quando escreve. Assim é como se te conhecesse a anos, inclusive com espaço para saudade.
:)
você sempre diz que volta. Mas você sempre some.
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